Blog

Postado em: 25 set 2024

Quem Planeja em Vida, Evita Brigas e Economiza no Momento da Sucessão Patrimonial.

O planejamento patrimonial em vida é uma ferramenta eficaz para evitar disputas familiares e minimizar os impactos tributários durante a sucessão de bens.

A antecipação e organização da sucessão permitem que os herdeiros recebam os bens de forma mais rápida, evitando longas disputas judiciais e complicações.

Nesse contexto, com a iminente regulamentação da reforma tributária, o planejamento sucessório torna-se ainda mais relevante, especialmente considerando as possíveis mudanças nas alíquotas do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD).

Acompanhe até o final!

 

A importância do planejamento sucessório.

A ausência de um planejamento sucessório pode transformar o que deveria ser uma transição tranquila de patrimônio em um verdadeiro campo de batalhas judiciais.

Segundo o Código Civil Brasileiro, o planejamento patrimonial em vida permite ao proprietário escolher como e para quem deseja destinar seus bens.

A legislação oferece diversas opções para organizar a sucessão, como a doação em vida, a criação de testamentos, o usufruto e a partilha de bens. Essas medidas garantem que o patrimônio seja distribuído conforme a vontade do proprietário e ajudam a evitar conflitos entre os herdeiros.

 

Aplicabilidade da doação de bens e antecipação da sucessão.

A doação de bens em vida é uma das formas mais seguras de garantir que o patrimônio seja distribuído conforme o desejo do proprietário. A doação é formalizada através de escritura pública em cartório e, uma vez realizada, não pode ser desfeita.

No entanto, é importante destacar que, em muitos casos, o doador pode optar pela doação com reserva de usufruto, o que lhe garante o direito de continuar utilizando o bem até o fim da vida. Esse mecanismo é amplamente utilizado no Brasil e pode evitar disputas entre herdeiros no futuro.

 

Quais as principais mudanças da reforma tributária no ITCMD?

A reforma tributária em regulamentação no Congresso Nacional está propondo mudanças significativas no Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD).

Atualmente, as alíquotas do ITCMD variam de estado para estado, com percentuais entre 4% e 8%. A reforma busca unificar essas alíquotas em até 8% em todo o território nacional, eliminando a autonomia dos estados para definir as taxas.

A unificação proposta impacta diretamente os proprietários que desejam realizar doações de bens antes da entrada em vigor das novas regras.

Novas regras e perspectivas para 2025.

As novas regras do ITCMD trazem uma mudança significativa na forma como o imposto será cobrado a partir de 2025, além da PEC 45, na qual as alíquotas fixas podem saltar para 8%, há propostas em discussão no Congresso que podem aumentar ainda mais a alíquota, com valores variando entre 16% e 20%.

Essa possibilidade de elevação na alíquota do ITCMD já tem gerado um movimento de antecipação de doações. Segundo o Colégio Notarial do Brasil (CNB), em estados como Minas Gerais e São Paulo, houve um aumento significativo no número de doações de imóveis, com o objetivo de evitar o impacto das novas alíquotas.

 

O impacto nas doações de imóveis.

Com a reforma do ITCMD e a elevação nas alíquotas, as doações de imóveis se intensificaram em alguns estados.

Essa mudança tem gerado uma corrida entre proprietários para antecipar as doações e evitar o impacto das novas alíquotas.

A antecipação das doações permite que os herdeiros recebam o patrimônio com alíquotas menores, preservando uma maior parte do valor dos bens.

 

Custos envolvidos na doação.

Além do ITCMD, a doação de bens também envolve custos com cartórios, que podem variar de acordo com o valor do imóvel. A escritura pública é necessária para formalizar a doação de imóveis cujo valor seja superior a 30 salários-mínimos.

Esses custos também podem aumentar com a reforma tributária, uma vez que o valor de referência para cálculo das taxas cartorárias é o valor do bem doado.

Além disso, é importante considerar que a doação de bens não pode comprometer mais da metade do patrimônio do doador, já que a legislação assegura que 50% dos bens sejam destinados aos herdeiros legítimos, conforme previsto no Código Civil Brasileiro.

 

Qual o papel do testamento no planejamento sucessório?

Outra ferramenta importante no planejamento patrimonial é o testamento. Através dele, o proprietário pode determinar a divisão de seus bens após sua morte, respeitando a legislação vigente sobre herdeiros legítimos. O testamento oferece flexibilidade para quem deseja distribuir bens de forma diferenciada, seja por motivos pessoais ou para beneficiar terceiros que não sejam herdeiros diretos.

Além disso, pode conter cláusulas que protejam o patrimônio de conflitos familiares, como cláusulas de inalienabilidade e incomunicabilidade.

 

 

Por fim, diante das mudanças iminentes na legislação tributária, o planejamento patrimonial em vida se mostra fundamental para evitar conflitos familiares, garantir a preservação do patrimônio e minimizar a carga tributária.

A doação de bens, o usufruto e o testamento são ferramentas que podem ser utilizadas para organizar a sucessão de forma eficiente, mas devem ser feitas com cuidado e planejamento.

Com a reforma tributária trazendo novas alíquotas e regras para o ITCMD, antecipar as doações e formalizar a partilha de bens pode garantir que o patrimônio seja transferido conforme o desejo do proprietário, sem que os herdeiros sejam prejudicados por impostos mais altos no futuro.

Contudo, é essencial a análise por especialistas no assunto, em cada caso concreto, de forma a promover a economia de tributos com segurança jurídica.

O escritório Salloum, Becker e Camargo será um excelente parceiro para sanar dúvidas. Gostou do texto? Mande seu comentário que teremos prazer em lhe ouvir!

Voltar

Assine
Newsletter


    Ao informar seus dados, você concorda com a Política de privacidade.

    Desenvolvido por In Company